Associação Cultural e Recreativa de Rosmaninhal de Mação

O objectivo deste Blog é dar a conhecer aos seus visitantes o movimento da associação/aldeia, as actividades, convivíos e noticias diversas.

O nosso padroeiro

O nosso padroeiro
S. Marcos, coincidência ou não o seu dia é o dia 25 de Abril

sexta-feira, 5 de março de 2010

ROSMANINHAL NA HISTÓRIA

(Rosmaninhal não é vila
Mas também não é cidade
È um rico cantinho
Onde brilha a mocidade)


A zona onde se situa a minha aldeia foi sempre habitada desde tempos muito antigos.
Pelos achados arqueológicos - machados, lascas, lâminas e pilões (sabe-se que foi povoada, ou pelo menos percorrida, na idade da pedra).
Da idade dos metais, também foi encontrado um fragmento de mó.
Estes materiais encontram-se actualmente no museu em Mação.
Muito perto da aldeia existe um local, presentemente sem vestígios significativos, mas cujo nome "Vale d´Lentas" perpetua na memória de alguns habitantes mais idosos a existência de algumas antas, que a pouco e pouco foram sendo destruídas pela incúria de algumas pessoas pouco sensibilizadas para este tipo de monumentos.
No tempo da ocupação romana, ficaram algumas reminiscências pagãs, comprovadas na romaria de São Marcos, patrono da aldeia e dos animais. Essa romaria destinava-se à benção do gado bovino, que se realizava no dia 24 de Abril, (de á alguns anos a esta parte a aldeia recuperou a tradição) dia este dedicado ao santo São Marcos, os caminhos por onde passaria a procissão com a imagem do santo, eram atapetados de plantas aromáticas, entre elas o alecrim, murta e o rosmaninho(supõe-se que foi esta ultima pela sua abundância na zona, veio dar o nome á aldeia), as meninas toucavam-se com "campelas", que eram feitas com flores de malmequer silvestre, enfiadas num fio, fazendo um circulo, que como se disse atrás funcionavam como toucas,as meninas iam na frente do cortejo, onde iam também uma ou mais juntas de bois, devidamente aparelhadas por jugo(ou canga), também esta enfeitada com verduras e flores silvestres.
Em tempos idos as juntas de bois eram um precioso auxilio para a lavoura das terras, uma vez que a agricultura era a principal actividade da aldeia, devido á riqueza das suas terras, outra das actividades eram a extração da rezina dos pinheiros.
Os vestigios de ocupação romana, verificam-se por achados de muitas moedas da época e um fragmento de um marco miliário, que também se encontra no museu em Mação, há bem pouco tempo ainda poderíamos ver junto ao São Marcos Velho um pedaço de caminho empedrado, supondo-se que pertenceria ao tempo dos romanos.
Por todas estas razões somos levados a concluir que terá existido um povoado romano, na zona da aldeia.
Datada de 30 de Junho de 1194 é a doação das terras Guidintesta á Ordem dos Cavaleiros de São João Batista de Jerusalém, pelo rei D. Sancho I, para que nelas se levantasse um castelo ao qual o próprio rei, dá o nome de Belver, definindo os limites entre o termo do novo domínio e o termo do castelo de Abrantes.
Este documento é assinado:

  1. Pelo rei D. Sancho

  2. Pela rainha D. Dulce

  3. Pelos Princípes D. Afonso, D. Pedro, D. Fernando

  4. Pela princesa Sancha

  5. Pelo arcebispo Primaz de Braga

  6. Pelos bispos do Porto, de Viseu, de Lamego, de Coimbra, de Lisboa, de Évora

  7. E ainda vários Oficiais importantes da corte.

Ao definir os limites, menciona o alto do Rosmaninhal, sendo esta mais uma prova da existência de uma povoação de importância reconhecida naquela época.Em 1527 o rei D. João III mandou fazer o recenseamento da população de todo o país, este documento faz referência a 5 vizinhos, palavra que significava proprietários de bens imóveis, ou , pelo menos de uma junta de bois.

Se tivermos em conta os filhos, os servos, os escravos e os jornaleiros, devemos multiplicar este número por cinco, ou mais, o que dará, pelo menos, 25 habitantes.

Era um pequeno lugar.Hoje em dia o Rosmaninhal conta com com 80 habitantes permanentes e mais de 10 crianças e jovens, a sua população chega a duplicar aos fins de semana e até triplicar em alturas festivas.

Apesar da quantidade de crianças e jovens, de um modo geral poderemos considerar que o Rosmaninhal tem uma população bastante envelhecida, onde a recuperação das habitações antigas é a sua grande preocupação, e que se está a verificar a um ritmo bastante lento, pese embora o facto de existirem muitos casais que adoptaram a nossa aldeia como local priveligiado para uma segunda habitação, em função da proximidade do auto-estrada A23 e das condições de habitabilidade, possui luz eléctrica á muitos anos, bem como a rede de águas á vários anos, a rede de esgotos estão os colectores feitos aguardando a construção da etar, para se poder finalmente realizar os ramais de ligação, e desde o verão passado todas as ruas estão asfaltadas, a juntar a todas estas condições, a sua população muito unida e hospitaleira, patente nos inúmeros convívios que vai fazendo ao longo do ano.

Ambiente, limpeza urbana, reciclagem, fazendo justiça, á sua caracterização como o conselho dos três A´s, de Ar, Água e Azeite, (pese os inúmeros incêndios) é uma característica que conseguimos manter, para estas características, muito tem contribuido a população na utilização dos contentores para recolha dos resíduos sólidos urbanos - vulgarmente denominados por lixo urbano, a par de uma preocupação constante da Câmara Municipal de Mação, que faz a recolha destes lixos em Rosmaninhal através da rota nº 7 que é feita á terça e sexta-feira.

A recolha dos monstros (frigoríficos, fogões, máquinas de lavar....) é feita á quinta e sexta-feira, ou mediante marcação pelo contacto pelo 241 57 23 77 da Câmara de Mação.

Recolha de elementos e texto enviado pela nossa conterrânea Tânia Pires

1 comentário: