Este foi o artigo publicado no jornal Voz da Minha Terra de 25 de Dezembro de 2007, e que passamos a transcrever e a associar-nos a esta justa homenagem.
"O nosso ilustre conterrâneo, Doutor Manuel Salagado, faleceu no passado dia 25 de Novembro(2007), em sua casa, em Lisboa, vitima de doença prolongada.
Nasceu em Rosmaninhal a 5 de Março de 1945, filho de Vitoriano Alves Salgado e de Guilhermina Marques. Casou com a Drª Josefina Suzana Parente, e deste casamento são seus filhos Josefina e Manuel.
O Voz da Minha Terra, de Janeiro a Março deste ano, publicou uma série de notas biográficas escritas pelo seu próprio punho. Delas extraímos alguns traços para avivar a memória dos filhos ilustres da nossa terra.
Fez um percurso notável de homem lutador. Concluída a 4ªclasse, em 1955, seguiu o destino de tantos "meninos" do seu tempo: foi guardar gado. Foi servente de obras, trabalhador rural e assalariado. Passados 8 anos, regressou á escola para ser escrivão do tribunal, mas ficou o gosto do saber e não mais havia de parar. Em 1969, estava a fazer exame de Admissão à Faculdade de Medicina de Lisboa, enquanto cumpria o serviço militar.
Após 6 anos, em que acumulou estudo e trabalho, concluía a faculdade e casava com a Drª Josefina.
Começou no Hospital de Portalegre e aí desenvolveu o seu primeiro trabalho ao serviço da Saúde Pública. Trabalhou no único hospital da ilha dos Açores.
Em 1980 entra como Voluntário no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, em Lisboa.
Presta provas de Especialidade e obtém elevadas classificações. Foi chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital de Santa Maria e no Gama Pinto, foi chefe dos serviços de Cirurgia durante 18 anos.
Foi o Oftalmologista da Direcção Geral de Aeronáutica Civil. Teve consultório em Abrantes, Santarém e Lisboa. Apresentou e publicou 35 trabalhos científicos, ganhou prémios de investigação, nomeadamente o 1º prémio de investigação de Retinopatia Diabética Experimental.
"O nosso ilustre conterrâneo, Doutor Manuel Salagado, faleceu no passado dia 25 de Novembro(2007), em sua casa, em Lisboa, vitima de doença prolongada.
Nasceu em Rosmaninhal a 5 de Março de 1945, filho de Vitoriano Alves Salgado e de Guilhermina Marques. Casou com a Drª Josefina Suzana Parente, e deste casamento são seus filhos Josefina e Manuel.
O Voz da Minha Terra, de Janeiro a Março deste ano, publicou uma série de notas biográficas escritas pelo seu próprio punho. Delas extraímos alguns traços para avivar a memória dos filhos ilustres da nossa terra.
Fez um percurso notável de homem lutador. Concluída a 4ªclasse, em 1955, seguiu o destino de tantos "meninos" do seu tempo: foi guardar gado. Foi servente de obras, trabalhador rural e assalariado. Passados 8 anos, regressou á escola para ser escrivão do tribunal, mas ficou o gosto do saber e não mais havia de parar. Em 1969, estava a fazer exame de Admissão à Faculdade de Medicina de Lisboa, enquanto cumpria o serviço militar.
Após 6 anos, em que acumulou estudo e trabalho, concluía a faculdade e casava com a Drª Josefina.
Começou no Hospital de Portalegre e aí desenvolveu o seu primeiro trabalho ao serviço da Saúde Pública. Trabalhou no único hospital da ilha dos Açores.
Em 1980 entra como Voluntário no Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, em Lisboa.
Presta provas de Especialidade e obtém elevadas classificações. Foi chefe do Serviço de Oftalmologia do Hospital de Santa Maria e no Gama Pinto, foi chefe dos serviços de Cirurgia durante 18 anos.
Foi o Oftalmologista da Direcção Geral de Aeronáutica Civil. Teve consultório em Abrantes, Santarém e Lisboa. Apresentou e publicou 35 trabalhos científicos, ganhou prémios de investigação, nomeadamente o 1º prémio de investigação de Retinopatia Diabética Experimental.
Era um homem apaixonado pelo trabalho e pelo saber. Quem escreve estas linhas conheceu-o muito tarde, mas garante que, do outro lado da vida, num cantinho do céu, Deus vai passar bons momentos junto deste nosso amigo... que gostava duma boa conversa, ele que se gastou a fazer com que os outros visses o mundo com "bons olhos"."
Esta foi a homenagem do jornal Voz da Minha Terra, a este nosso ilustre conterrâneo e á qual o nosso blog se associa.
Acrescentamos nós que era uma pessoa que se preocupava e gostava de saber tudo o que se passava na nossa aldeia, nunca fechando a porta a quem ele recorria para resolver problemas dos olhos.
O gosto deste homem pela aldeia vai ao ponto de a sua festa de homenagem ser feita na aldeia que o viu nascer e tornar-se homem, alguns meses antes de nos deixar fisicamente.
A sua história de vida será um exemplo para a persistência e a tenacidade com que se quer um objectivo, começou a estudar tarde, teve a ajuda de um grande homem Dr. Santana Maia de Mouriscas que o apoiou, as dificuldades porque passou para atingir os objectivos foram muitas, a acrescentar ás já reveladas o de muitas vezes a sola dos sapatos e dos pés serem as mesmas, mas isso só o tornou uma pessoa ainda mais admirável.
A única consulta que tive com ele, demorou cerca de 3 horas, sendo as duas primeiras horas dedicadas a falar sobre as gentes de Rosmaninhal, como estava "beltrano e sicrano", os incêndios, o que tinham queimado, e muitas outras histórias da vida dele na aldeia pese a nossa diferença de idade.
O conhecimento que ele tinha da aldeia era grande pois como o seu tempo era escasso, muitas vezes passava pela aldeia só para ver como estava as hortas e os pinhais, levava o carro até onde era possível e o restante caminho fazia-o a pé.
E quando tinha alguma consulta com um conterrâneo, o tratamento era o mesmo, primeiro falava-se um pouco sobre a aldeia e depois se ia á consulta, daí o conhecimento que este homem sempre teve sobre o que se passava na aldeia.
Para ele onde estiver o nosso muito obrigado pelo seu exemplo de dedicação e força de vontade.
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